quinta-feira, julho 12, 2007

Descobri que escrever é libertador.
É conversar consigo mesmo, soltar algo que te incomoda, direciona o texto como uma carta e ao finalizar descobre o que faz sentido e o que não?
Tira um peso das costas.
Ontem eu estava nitidamente borrada, não passei desapercebida por ninguém, meu silêncio era tão evidente que passavam por mim e perguntavam: O que aconteceu? Que tristeza é essa? Não conseguia responder, apenas dizia: Nada ué.
Então achei um tempinho e me desatei a escrever, houve momentos em que as lágrimas insistiram em cair, disfarcei quando me perguntaram de novo o que havia comigo: Rinite, to com crise de Rinite.
Sabe por que? Sabe o que eu vi no espelho?
Que eu não sou tão ruim assim, que posso ter sido um pesadelo pra ti, mas fui um muito maior pra mim mesma.
Que ainda tenho sonhos, que ainda consigo ver algumas coisas em tons de rosa.
Estou me perguntando até onde eu vou me levar, me enganar.
Me sujeitar a ser essa mendiga que esmola teu carinho.
Não sei se tu percebeu que eu estava fervendo, mas dei uma brochada tão forte que não adiantou tentar, insistir e desisti.
Ainda não consegui definir bem, escrevi um texto enorme, mas fiquei com preguiça de digitar tudo, talvez o faça depois.
O que ficou claro é que tenho tão pouco que sou abrigada a pensar se não seria melhor ter nada.

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