Blackout
Caí no travesseiro
Blackout
sonhos desconexos
eu falo mas não ouço nada
te escuto mas não há som
demência
Lembranças
que sonho é este?
Ficou claro,
Fecho a janela, passa das 18h
Está quase na hora
Estou esperando deitada de bruços
Nua
Coberta por lençóis
Uma pontinha de timidez
o resto é desejo
Blackout
Quem está aí?
escuto o som da mochila sendo largada no chão
senti teu cheiro
Agora eu sei
senti teu calor
Agora eu sei
Só vejo os botões de tua camisa azul
A cobertura já está jogada
Lá vai a bota
Me beija
Te abraço
Sem chance de fugir se entrega
Eu não posso esperar
Nossos corpos se colam
Tua roupa azul é uma testemunha muda
As mãos encontrando meus seios
A boca, o meu pescoço
minhas mãos, as tuas costas
minhas pernas, as tuas
Língua, boca, mão, saliva
Suspiros
Sinto teus dedos nas minhas coxas
Abro as pernas e te enlaço
encaixe perfeito
Não contenho meus impulsos
mordo teu ombro e tua língua percorre meu corpo
causa arrepios, gemidos, anseios
o gozo nos completa
me abraça
Blackout
Ainda está escuro
Tuas roupas já não estão no chão
e lá vem você
de azul
me beija
escuto a mochila sendo levada
e vai embora, como todo dia
Blackout
sonhos desconexos
eu falo mas não ouço nada
te escuto mas não há som
demência
abro os olhos
Ai...
a claridade me fere
passa das 6h
eu nua e dasalinhada
deitada de bruços
coberta por lençóis
sozinha
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