
Ontem e Hoje
Estou fugindo um pouco de mim mesma hoje, não estou querendo olhar pra dentro.
Tenho um pouco de medo de aceitar certas coisas que borbulham dentro de mim.
Tento não pensar um muito no que de bom estou sentindo, pra não viajar na maionese e escorregar na margarina.
Estou me mantendo ocupada escrevendo, já se foram páginas e páginas que, obviamente não estão aqui.
Nada do que eu tenho de trabalho pra fazer foi feito.
Não há como me concentrar em pintura, costura, dolls ou o que quer que seja.
Enfim, falarei de ontem.
Ontem teve terremoto, tempestade, chuva, vento e sol.
Erupções vulcânicas, maremotos e furacões.
Chegou sem lenta introdução (bom, teve também), direto ao assunto.
Fiquei um pouco sem reação, tive que sentar
Para em seguida levantar e cair mortalmente em teus braços
Confesso que estive meio sem jeito no início
A surpresa de ir direto e reto me desnorteou ainda mais
não me deu tempo de respirar ou de não acreditar no que estava acontecendo
Sentir novamente o calor e a força do teu beijo
Rouba minha sanidade
O gosto da tua boca
O toque da tua mão no meu corpo
E eu sem saber mais de mim
Senti a tua pele colada na minha e isso não cabe em palavras
Quanta falta senti da minhas mãos no teu corpo
Da minha língua na tua
Das tuas pernas entre as minhas
O teu cheiro
O teu gosto
Ah o teu gosto
Naquele momento deixamos de existir em dois
Nos tornamos um só
No mesmo movimento
Na mesma sincronia
No mesmo ardor
Não sei quantas vezes me vi em êxtase
Me perdi completamente
Ainda estou perdida
Agora fico aqui sem rumo
Sem norte
Sem noção
Sem saber de nada
Sentindo este ardor, essa loucura
Essa vontade de te ter mais
De te dar mais de mim
De te ter mais em mim
Me provoca insanidade
Me faz loucuras
E eu fico aqui sem saber onde ir
Não posso me esconder nem quero fugir.
E então te espero
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