domingo, novembro 19, 2006

Eu quero falar das batidas do coração



Fala-se muito sobre experiências místicas e tal, eu já tive as minhas e foram muito legais, algumas um pouco assustadoras, mas não tão assustadoras como as experiências da vida.Não estou falando de sobre natural, eu não acredito nisso, acredito que tudo que nos rodeia é natural e vem de dentro de nós mesmos.Procuro sempre ver o lado psicológico da coisa, entender a simbologia, o que representa e assim por diante.
Experiências místicas não acontecem somente com o espiritual.
Conexões da alma, do corpo, também podem oferecer esta experiência e eu vivi uma intensamente por estes dias.
Eu não esperava por ela, mas é sempre assim, a gente não espera e as coisas acontecem.

Não sei se consigo descrever:
Deitou sobre o meu corpo e, antes mesmo de me tocar, eu já sentia.
Quando me tocou foi muito forte
Era uma batida muito, muito forte
Eu me perdi naquilo, era intenso e lento, me contava algo em silêncio.
Os próximos momentos foram de pouca fala e muito sentimento
Foram intensos demais
Foram longos momentos
Parecia que eu estava em outro mundo
Algo se rompeu dentro de mim, lá no fundo, depois foi vindo à tona bem devagar
Eu podia sentir cada movimento
Até que tomou forma e saiu
Saiu lentamente, começou com uma lágrima e acabou em um choro um tanto compulsivo.
Eu queria me sentir bem, queria sair com um sorriso, era isso que deveria ter acontecido depois da longa tarde, mas não foi assim.
Eu saí perturbada, silenciosa, reflexiva.
Sabia que teria de elaborar isso e escrever é uma tentativa.
Ainda não sei muito bem o que foi aquilo, apenas sei o quanto foi intenso.
E intensos foram todos os momentos seguintes.
Dias de turbulência, dias de almas conflitantes.
De remexer feridas, de verdades e dores
Não terminei de elaborar esta experiência, ainda não tenho completamente seu significado.
Sinto com força mas as palavras não são suficientes para colocar o sentido correto.

Estou mais tranqüila
Mais em paz, mais serena.
Acho que virão todos os significados em breve.

Por enquanto as loucas estão silenciosas e enclausuradas.

Nenhum comentário: